by : Maria Fernanda de Andrade Lima
Abstract
Este artigo tem como proposta ampliar o tema vergonha com objetivo de incluir e articular a teoria e a prática da Análise Bioenergética a partir dos fundamentos de Whilhelm Reich e Alexander Lowen, pioneiros na psicologia Corporal. “Nós não temos um corpo”, nós somos um corpo sistêmico. Esse artigo terá como base a visão de Humberto Maturana, neurobiólogo chileno, dentro do campo da Biologia do Conhecer e da Biologia do Amor e, também, Zygmund Bauman, filósofo e sociólogo polonês que foi um grande pensador da modernidade sobre a fragilidade dos vínculos. Incluirei também alguns artigos atualizados da Análise Bionergética desde o Journal de Análise Bioenergética editados de 2011 até 2017. Entendo a vergonha como sensações que podem se iniciar a partir do desenvolvimento infantil e se apropriar do nosso verdadeiro self mutilando a espontaneidade, liberdade e atingindo profundamente nosso senso de dignidade em nosso self, porém compreendo também a vergonha como heranças muiltiregeracionais através de crenças e valores interferindo fortemente no processo de vinculação. Compreendo que a Análise Bioenergética no campo da Terapia com Famílias pode restaurar danos geracionais diante das dificuldades contemporâneas.
Palavras chaves: self, corpo, Análise Bioenergética, terapia sistêmica, transgeracionalidade, família.