Guy TONELLA ©
Palestra na Sociedade de Analise Bioenergética do Rio de Janeiro (SABERJ), Rio de Janeiro, Brasil, Março de 2009
Acho que entramos em uma crise de civilização: não é só uma crise econômica. A crise econômica é um revelador de uma crise mais profunda: politica, social, ética, crise dos valores humanos que governam o mundo.
Fala-se em "moralizar o capitalismo", mas isso implica num processo de transformação dos espíritos individuais e dos comportamentos interpessoais. Isso vai levar tempo, provavelmente várias gerações.
Além disso, não falei dos outros aspectos que estão ou estarão acompanhando a crise econômica, como o aspecto ecológico (mais e mais a desregulação climática, com fenômenos climáticos extremos, processo acelerado da desertificação, falta de água, etc.), como também o aspecto geopolítico.
Essa crise chega em um período do desenvolvimento da humanidade que Lowen qualificou de "narcisica". Quais são as características dessa cultura "narcisica"?
Que origem tem esses novos comportamentos?
Em resumo, por um lado, uma proporção significativa da população procurou defesas narcísicas para não ter que enfrentar um sentimento de insegurança emocional crescente; por outro lado, a sociedade pós-industrial respondeu a essa necessidade narcísica psicólogica oferecendo objetos valorizados narcisicamente. A dinâmica psicológica e a dinâmica social coincidiram. Assim a sociedade, na sua função primeira de base de comunicação afetiva mudou, pouco a pouco, para cumprir a função de um espelho social narcisico onde os outros só existem de forma fictícia.
No nível terapêutico, para tratar o problema narcisico, Lowen (o fundador da Análise Bioenergética) criou a metodologia do "grounding".
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